1934 a 2014 - 80 anos de história

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

História da Escola Estadual Normal 1º de Maio


       Aula isolada no campo dos Maia, fundos da fábrica A.J Renner, foi o marco inicial das atividades docentes da Escola 1º de Maio.

       Mais tarde, sempre com a finalidade de atender os filhos dos operários das indústrias do bairro Navegantes passou a chamarem-se Escolas Reunidas.
Com a denominação de grupo “Escolar de Navegantes”, mudou-se para um prédio na Avenida Sertório próximo à Igreja Nossa Senhora de Navegantes. Trabalhavam na Escola, então, as professoras Luiza Bonnet, Sueli Leite e outras.

        Deste período de nossa Escola nada temos registrado, pois a maioria de seus documentos perdeu-se por ocasião da enchente de 1941.


“Através do decreto Nº 5703, de 04 de outubro de 1934, O Grupo Escolar de Navegantes passou a denominar-se Grupo Escolar” 1º de Maio”. Este nome foi escolhido em homenagem aos operários de bairro e ao seu dia-a-dia, o dia do trabalho.

A primeira diretora, após a denominação de “Grupo Escolar 1º de Maio”, foi Dona Margarida Pardelhas que teve sua gestão entre 17 de setembro de 1934 a até 03 de março de 1936, assumiu a direção a professora Serena Presser Boeckel, sendo substituída em 07 de maio de 1936 pela professora Maria Emília Martim.

As professoras trabalhavam com muita dificuldade dada às precariedades do prédio.
Diretora e professores visitavam as famílias dos seus alunos  e as diretorias das indústrias, sensibilizando-as  para as necessidades da Escola: pátio, alagado, umidade,assoalho estragado e a falta de instalações  sanitárias.





Após este movimento de sensibilização da comunidade, em 05 de dezembro de 1938, a Escola conseguiu a doação de seu terreno atual pelo industrialista A.J.Renner, conforme consta na  certidão nº 21123. 

Em 13 de março de 1939, assumiu a direção da Escola a professora  Idelvira Machado da Rosa. Dona Edelvira e suas professoras procuravam atrair alunos e pais para a Escola através de incentivo e da palavra amiga.lutaram e conseguiram a liberação da construção do  novo prédio no terreno doado pelo Sr. A.J Renner.

Em quatro de setembro de 1939, aconteceu o lançamento da pedra fundamental.
As crianças, os professores e os pais acompanhavam ansiosos a construção de sua nova escola onde teriam melhores condições de ensino-aprendizagem.

Após dois anos de intenso trabalhos, o prédio ficou concluído e , na vistoria feita pela própria D. Idelvira, encarregada pelo secretário de Educação da época, uma série de defeitos surgiram e muitos reparos deveriam ainda ser executados.

     Quando D Idelvira conseguiu que o prédio apresentasse o as condições exigidas, eis que foram surpreendidas com a famosa enchente de 1941. Todo o pavimento térreo ta tão esperada Escola ficou alagado e os móveis danificados. Diretora e professores, usando uma barca do corpo de bombeiros, foram até a Avenida Sertório tentar trazer os documentos para o prédio novo da Avenida Presidente Roosevelt ( então Avenida Eduardo). Junto viéramos uniformes que seriam usados por ocasião da inauguração de sua nova Escola.
Da documentação nada restou, porque houve danificação total.  

        Apesar de todos os percalços, o prédio foi inaugurado.

      Tudo isso serviu para unir D. Idelvira, professores, alunos, funcionários, pais e a comunidade, que não mediam esforços para implantar melhorias que viessem beneficiar, cada vez mais, a comunidade educativa.

Foram doados utensílios para o serviço da merenda; começou a “sopa escolar”. Instalou-se a rede elétrica, através da obtenção do 1º prêmio para a Escola no desfile da semana da pátria. Na ocasião era secretário de obras o Sr. Meireles Leite. Fundou-se a Associação dos antigos alunos e o clube Agrícola. Surgiu a Cooperativa Escolar que fornecia material mais barato para os alunos. 

O posto  de saúde nº1 e o SENAI colaboravam bastante com a Escola.Neste ambiente de amor, cooperação e integração surgiu o clube de mães, tendo como primeira presidente a senhora Margarida Machewki.

A Escola serviu de escola experimental para observação e prática de normalistas do instituto de Educação General Flores da Cunha.         
   
Em 1954, o então Secretário de Educação, Sr.Mariano Beck na Escola os cursos Ginasial e Normal.

Dona Idelvira deixou a Escola e assumiu a direção a professora Maria Luiza Rothe, em 01 de abril de 1954.

Através do decreto nº 4856, de 08 de fevereiro de 1954, foi criada a Escola Normal 1º de Maio e o Ginásio da Escola Normal, pela portaria nº837, de agosto de 1954, a t5rítulo precário.

“Em 08 de fevereiro de 1957, o Decreto nº7654 desvincula o Ginásio da Escola Normal 1º de Maio e o Decreto nº8803, de 11 de março de 1958, denomina de “Ginásio Estadual Cândido José de Godói” o Ginásio Estadual é desvinculado do 1º de maio”.



         Com a criação do curso de Magistério, a direção viu-se empenhada em criar um espírito de integração na Escola, pois  estavam surgindo dois novos cursos:o Ginasial e o Normal. Era preciso conquistar o corpo docente que já trabalhava na casa, bem como a comunidade; estruturar o Curso Normal como curso de aplicação e integrar os cursos primário, ginasial e Normal.


Dona Maria Luiza conseguiu, finalmente, através de muita compreensão e trabalho, a união do corpo docente.




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