Aula isolada
no campo dos Maia, fundos da fábrica A.J Renner, foi o marco inicial das
atividades docentes da Escola 1º de Maio.
Mais tarde,
sempre com a finalidade de atender os filhos dos operários das indústrias do bairro
Navegantes passou a chamarem-se Escolas Reunidas.
Com a denominação de grupo
“Escolar de Navegantes”, mudou-se para um prédio na Avenida Sertório próximo à
Igreja Nossa Senhora de Navegantes. Trabalhavam na Escola, então, as
professoras Luiza Bonnet, Sueli Leite e outras.
Deste período
de nossa Escola nada temos registrado, pois a maioria de seus documentos
perdeu-se por ocasião da enchente de 1941.
“Através do
decreto Nº 5703, de 04 de outubro de 1934, O Grupo Escolar de Navegantes passou
a denominar-se Grupo Escolar” 1º de Maio”. Este nome foi escolhido em homenagem
aos operários de bairro e ao seu dia-a-dia, o dia do trabalho.
A primeira
diretora, após a denominação de “Grupo Escolar 1º de Maio”, foi Dona Margarida
Pardelhas que teve sua gestão entre 17 de setembro de 1934 a até 03 de março de
1936, assumiu a direção a professora Serena Presser Boeckel, sendo substituída
em 07 de maio de 1936 pela professora Maria Emília Martim.
As professoras
trabalhavam com muita dificuldade dada às precariedades do prédio.
Diretora e
professores visitavam as famílias dos seus alunos e as diretorias das indústrias,
sensibilizando-as para as necessidades
da Escola: pátio, alagado, umidade,assoalho estragado e a falta de instalações sanitárias.
Após este
movimento de sensibilização da comunidade, em 05 de dezembro de 1938, a Escola
conseguiu a doação de seu terreno atual pelo industrialista A.J.Renner,
conforme consta na certidão nº 21123.
Em 13 de março
de 1939, assumiu a direção da Escola a professora Idelvira Machado da Rosa. Dona Edelvira e
suas professoras procuravam atrair alunos e pais para a Escola através de
incentivo e da palavra amiga.lutaram e conseguiram a liberação da construção
do novo prédio no terreno doado pelo Sr.
A.J Renner.
Em quatro de
setembro de 1939, aconteceu o lançamento da pedra fundamental.
As crianças,
os professores e os pais acompanhavam ansiosos a construção de sua nova escola
onde teriam melhores condições de ensino-aprendizagem.
Após dois anos
de intenso trabalhos, o prédio ficou concluído e , na vistoria feita pela
própria D. Idelvira, encarregada pelo secretário de Educação da época, uma
série de defeitos surgiram e muitos reparos deveriam ainda ser executados.
Quando
D Idelvira conseguiu que o prédio apresentasse o as condições exigidas, eis que
foram surpreendidas com a famosa enchente de 1941. Todo o pavimento térreo ta
tão esperada Escola ficou alagado e os móveis danificados. Diretora e
professores, usando uma barca do corpo de bombeiros, foram até a Avenida Sertório
tentar trazer os documentos para o prédio novo da Avenida Presidente Roosevelt
( então Avenida Eduardo). Junto viéramos uniformes que seriam usados por
ocasião da inauguração de sua nova Escola.
Da
documentação nada restou, porque houve danificação total.
Apesar de todos os percalços, o
prédio foi inaugurado.
Tudo
isso serviu para unir D. Idelvira, professores, alunos, funcionários, pais e a
comunidade, que não mediam esforços para implantar melhorias que viessem
beneficiar, cada vez mais, a comunidade educativa.
Foram doados utensílios
para o serviço da merenda; começou a “sopa escolar”. Instalou-se a rede
elétrica, através da obtenção do 1º prêmio para a Escola no desfile da semana
da pátria. Na ocasião era secretário de obras o Sr. Meireles Leite. Fundou-se a
Associação dos antigos alunos e o clube Agrícola. Surgiu a Cooperativa Escolar
que fornecia material mais barato para os alunos.
O posto de saúde nº1 e o SENAI colaboravam bastante
com a Escola.Neste ambiente de amor, cooperação e integração surgiu o clube de
mães, tendo como primeira presidente a senhora Margarida Machewki.
A Escola
serviu de escola experimental para observação e prática de normalistas do
instituto de Educação General Flores da Cunha.
Em 1954, o
então Secretário de Educação, Sr.Mariano Beck na Escola os cursos Ginasial e
Normal.
Dona Idelvira
deixou a Escola e assumiu a direção a professora Maria Luiza Rothe, em 01 de
abril de 1954.
Através do
decreto nº 4856, de 08 de fevereiro de 1954, foi criada a Escola Normal 1º de
Maio e o Ginásio da Escola Normal, pela portaria nº837, de agosto de 1954, a
t5rítulo precário.
“Em 08 de fevereiro
de 1957, o Decreto nº7654 desvincula o Ginásio da Escola Normal 1º de Maio e o
Decreto nº8803, de 11 de março de 1958, denomina de “Ginásio Estadual Cândido
José de Godói” o Ginásio Estadual é desvinculado do 1º de maio”.
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